domingo, 31 de maio de 2009

Despedida (para alguém especial)

Amigo,

me despeço de tua companhia...

por um tempo andamos

compartilhando caminhos,

idéias e o que nos uniu.

Hoje, tens uma nova vida

E talvez eu não caiba dentro dela

Me despeço dessa vida outrora partilhada.

Ando em frente, sozinho

com o coração sangrando, doído

do amor ainda sentido.

Se sofro?

Sempre! Sofro dia e noite,

rolando sem dormir

em preces mudas

Sofro...

por esperar mais do que deveria

ou por querer mais do que merecia.

Magoo-me mas...

continuo amando-te

como sempre amei.

De minha vida

se a escolha de retirar-te foi tua

cabe a mim

a decisão de tirá-lo ou não

de meu coração.

Voas para céus diferentes

como um dia foi escrito em teu caminho...

e eu daqui,

posso apenas torcer pelos teus vôos

torcer pela tua felicidade

e desacostumar-me de tempos idos,

onde tinha tua companhia.

Despeço-me de tudo e

tento aqui,

para um novo caminho

dar os primeiros passos.

Nada ficou ...

a não ser lembranças

Nada restou ...

a não ser o amor

imorredouro

que ora adormece,

caminhando solitário

noutros caminhos

em busca de certezas

que a vida insiste em não trazer.

sábado, 30 de maio de 2009

Pensamentinho à toa...


"Tal qual um cego privado de luz, o coração privado do amor deixa de saber quais são as cores da vida"

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mais passos...


"Se caminhando ao lado fizemos passos conjuntos, paralelos, unidos, como podem esses passos perderem-se nos caminhos à frente, sem ao menos olhar para as marcas deixadas ou observar a poeira que ficou entre os dedos dos caminhantes?
A poeira traz lembranças, assim como a areia do sono de Mr. Sandman traz os sonhos, a fantasia e muitas histórias contadas ou não, vividas ou imaginadas.
Ao teu lado caminhei por muitos caminhos, íngremes, lisos, seguros ou não, sempre amparado pelos braços do amor vivido. Mas hoje restam-me apenas lembranças que aos poucos, como as areias que o mar insiste em lavar, sinto lavarem-se de minh´alma para o mar do esquecimento."

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Passos


Ainda que duas estradas sigam paralelas, chega o momento da encruzilhada.

Neste momento as dúvidas do caminho a seguir nem sempre permitem que as estradas sigam juntas. Romper essa união não é fácil. Chegam dúvidas, tristezas para os passos que deverão ser seguidos ou marcados na poeira do novo caminho. Buscam-se respostas que nem sempre chegam, saudades que não se findam nos corações ora solitários.

Passos, em caminhos diferentes, pouco a pouco deixam de soar nos ouvidos companheiros de outrora.

Passos que se unirão a outros passos, outras estradas carregando lembranças que um dia poderão desvanecer-se mas efemeridades da vida vivida, sentida e amada.

E se lá na frente, em outras encruzilhadas, os passos perdidos se reencontrarão, não é possível dizer ou prever. E se se reencontrarem, não serão os mesmos passos, as mesmas estradas pois o pó dos passos solitários, das experiências vividas transformaram estradas, caminhos e caminhantes.

26/05/09

Molho


Com o molho me molho;

o molho de lágrimas

que molha meu rosto

brota de sentimentos

de um coração ferido

que busca entender

o que sente,

o que sofre,

a saudade que sente,

ao molhar-se

no molho de lágrimas

que escorre dos olhos,

janelas da alma

de quem buscou amar.

(27/05/09)

 

Em busca da vitória...



Somente aquele que tenta vencer é capaz de vencer! Nem sempre é fácil, algumas vezes surgem obstáculos em nossa frente que faz com que tenhamos medo e pareça impossível transpô-los. Nestas horas devemos lembrar que os heróis também sentem medo diante de seus desafios. O medo é característica do ser humano e com ele lembramos de nossa falibilidade, de nossa humanidade, de nossa capacidade de errar, mas acima de tudo de nossa garra e capacidade de vencer.

O caminho para a vitória é o caminho do guerreiro, daquele que não esmorece, que mesmo cansado acredita em seus passos, acredita que ao caminhar faz seu caminho, ficando cada vez mais perto da vitória.

A busca da vitória começa no primeiro passo que damos rumo a ela e mesmo após galgar tantos caminhos, obstáculos, montanhas e alcançarmos a vitória, ainda não nos basta, pois o espírito guerreiro que fica em nossos corações nos impulsiona a vencer sempre, a lutar pelo que acreditamos sempre. Quando caímos, é esse mesmo espírito que nos diz que ainda não acabou, que ainda vale a pena lutarmos pelo que acreditamos, pela vitória almejada.

Somos guerreiros! Bravos lutadores da vida que não se conformam com o marasmo, a calmaria, mas que continuam buscando, continuam em seu caminho de lutas e batalhas rumo a vitórias sem fim, alegrias desmedidas e momentos de júbilo, de comemorações de espíritos valentes, bravios que resplandecem por alcançar o topo, os topos, como águias que acostumadas com vôos altos não se contentam com as migalhas do chão.

Asas de águia, força de guerreiros e persistência do junco que, mesmo se curvando ante ventos fortes, se mantém firme em sua essência, tombando, levantando, chacoalhando mas vencendo as intempéries, pois sabendo ser persistente, sabe ser vencedor. (03-02-09)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Medo


O medo calou meu coração!

Tirou dele a voz que um dia ouvi,

voz que hoje nem conheço mais,

voz cujo timbre há muito esqueci.

O medo que tirou o som do meu coração

também o tirou de meus ouvidos.

Tornei-me surdo para os chamados

que o coração insistia em fazer.

O medo calou fundo meu coração

impediu-lhe de gritar pela vida,

por novos corações,

pela vontade louca e desbaratada

de novamente soar com voz forte

o chamado do coração apaixonado.

O medo calou meu coração!

fazendo-me incapaz de ouvir o que

ele tinha a me dizer,

as verdades que eu insistia em não reconhecer,

os desejos que eu continuei a afundar

no mangue lodoso da alma

que sofre, chora e se indaga

diante do medo,

o porquê de não poder ouvir a voz,

a voz do coração,

calada pelo medo

que insiste em cravar suas unhas sujas e roídas

no coração do sonhador,

do poeta, do artista

no coração sensível

de quem ainda acredita no amor.

 (25/05/09)

A Saudade


Se um dia me perguntassem o que é saudade, 

difícil seria explicar 

Saudade não se explica,

sente-se no fundo do peito

que reclama de algo que sente falta

de alguém que não se vê.

E como traduzir em palavras 

o som das batidas de um coração saudoso?

Alguns fazem samba,

outros ficam na fossa,

prefiro nas palavras

ainda que vagas e perdidas

traduzir a saudade que sinto

e a falta que você me faz.

Mas se ainda, com palavras

não for o bastante, 

olhe nos meus olhos, 

leia o que neles está escrito 

e talvez as palavras percam o sentido

e a saudade fique explicada numa troca de olhar.

 (Abril/09)

 

E Se... (Para Karina)

E se para sempre nos perdêssemos

nos caminhos dos olhares,

dos sorrisos,

dos corações

No caminho do riso,

das alegrias,

no tempo que pára

(...)

No mundo que roda mais devagar

quando estamos juntos,

quando caminhamos,

quando sorrimos,

quando nos divertimos

e celebramos a vida.

E acima de tudo,

a vida que nos uniu,

a vida que nos fez viver lado a lado

com esse sentimento,

com essa alegria desmedida,

e com esta vontade de ser,

vencer,

caminhar

seguir

e deixar a vida levar

sempre para  o sorrir

nunca para o chorar.

(23-06-08)