Tem horas
que a vida me cansa...
me cansa,
quando tenho que repetir sempre
as mesmas palavras
que, de tanto pronunciadas,
já secaram na garganta.
Palavras
que perderam o sentido,
uma vez que foram ouvidas
por ouvidos frios,
vazios e egoístas
de quem não busca mudar,
alçar novos voos e atitudes
em prol de algo
que se esperava construir.
A vida me cansa
quando observo
que as lições aprendidas
ou ainda ensinadas,
de nada adiantaram,
ou então bateram em
pedra fria, cinzenta
que insiste em manter-se
firme ali,
longe de tudo,
impedindo passagens e
atrapalhando caminhos,
com a teimosia
ou a ignorância teimosa
que insiste em medir forças
com a suavidade do vento
ou da água
que não desiste de bater.
Queria ser como a água,
insistente,
firme em seu bater,
mas me faltam forças,
pois cansado da vida,
prefiro seguir em frente,
desviar o caminho
e retomar o meu caminho,
aquele que fiz sozinho,
e que talvez não devesse
ter abandonado.
Estou cansado...
a vida me cansa.
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